Você já teve aquela sensação de pegar duas coisas que você já gostava antes e descobrir que elas ficam mais gostosas ainda juntas?
Tipo... sorvete de capuccino! humm... que delícia!
Pois provei um doce novo para os ouvidos e viciei. Realmente não consigo deixar mais de ouvir. Está na set list do meu mp3 para andar pela cidade e para trabalhar também.
Estou falando do Electro Tango que chegou e mudou tudo o que a gente conhecia sobre tango (no meu caso, quase nada... mas agora pesquiso direto sobre o assunto e vou até fazer aula) ou já tinha ouvido falar sobre essa dança típica dos nossos hermanitos...
Não imaginei que pudesse haver tanta classe, ousadia, ritmo e harmonia em uma dança (me desculpem os defensores do samba e pagodeiros em geral, mas a sobriedade e o charme do tango é algo único) não que eu esteja pensando em mudar de pátria - apesar da proximidade fronteiriça - apenas me empolguei definitivamente em ir fundo na arte da dança.
Algumas bandas me abriram as portas para este novo universo (gracias amigo cko por trazer sempre novidades) sendo que o Gotan Project foi a primeira fusão de música eletrônica+hip hop+tango que eu ouvi através deste meu amigo Brasileiro-Uruguaio ligado em coisas alternativas.
Após ouvir exaustivamente Gotan Project durante quase um ano, vi que o universo ia mais além. No Youtube vi um vídeo clipe do Bajofondo tango club (está na barra dos vídeos do blog, aí do lado mesmo) e comecei a ler mais sobre a banda. A rádio Itapema começou a tocar as músicas deles e navegando descobri um site ótimo para baixar cds completos (também está na barra de sites interessantes ao lado) pronto! Eureca de novo! Desta vez retribuí o favor ao cko e lhe apresentei o Bajofondo, que pra ele foi amor ao primeiro ouvir também.
Parou por aí? não mesmo.
Estávamos indo fotografar o mix bazar quando o cko colocou o Bajofondo pra tocar, só que eu não havia reconhecido as músicas... foi então que a Fê, nossa colega de design, - interessada em moda, que estava no carro também - completou o trio do electro Tango nos apresentando o cd da banda Otros Aires, a última descoberta do novo ritmo argentino que com roupagem nova, está ganhando o mundo.
Roupagem nova aliás é o termo certo. Nos vídeos do grupo Bajofondo se nota que está faltando algo: A austeridade das roupas clássicas usadas tradicionalmente no tango. As mulheres vestem roupas ousadas e os caras incorporam uma moda meio hip hop, praticamente um figurino usado em clipes de rappers americanos, pra não deixar de seguir a receita da mistura musical.
Bom, tá aí a dica pra quem gosta de conhecer coisas novas. É só buscar que você acha os três: Bajofondo Tango Club, Gotan Project e Otros Aires.
E pra andar por essa cidade que é Porto Alegre - que no invernos toma mais ares uruguaios e argentinos - a pedida é colocar um electro tango no MP3 player.
Divirtam-se.
quinta-feira, 26 de junho de 2008
quinta-feira, 5 de junho de 2008
Sobre o amor...
- para amar é preciso ser mais que paixão.
ao ser amado deve-se ter sentimento sólido;
lhe ser o teto, as paredes, o chão...
ter o olhar perdido, um suspiro bucólico;
inflar o peito, sorrir com os olhos;
cruzar uma mão na outra pelas ruas, avenidas
tornar todo inverno primavera,
galhos secos em ramagens floridas;
ao caminhar abraçado juntar as almas;
compartilhar o coração, as vidas...
e à noite, quando o rigor do frio espera,
doar calor, ser abrigo, acolhida;
saciar entre pernas e suspiros,
em sincronizado vai-e-vém,
toda a sede de querer contida;
e então recostar febril no peito acelerado...
- mal de todo ser apaixonado -
contemplar o outro ser que lhe quer bem;
Mas não, não basta ser apaixonado.
em todo caso de amor é preciso ter desvelo;
- elogiar da ponta do pé ao fio de cabelo -
em toda imperfeição ver beleza pura;
e, querer eternamente a quem se ama,
é prever no adeus, ferida que jamais tem cura.
JC
domingo, 1 de junho de 2008
as quatro funções
.
Um mestre indiano em uma aula de meditação falou uma coisa que todos deveriam saber, e quem já sabe deveria ao menos pensar mais sobre isto.
O ser humano se diferenciou dos outros animais com o passar do tempo, por causa de uma coisa chamada evolução, e isto está diretamente relacionado com as quatro funções.
Para sobreviver, um animal necessita atender a quatro funções: alimentação, reprodução, descanso e auto-proteção. Desta forma ele garante uma vida vivida em razão das sensações orgânicas e também sua existência neste mundo.
A quarta função (auto-proteção) não está mais ligada a força física, visto que em um confronto com outro animal que tenha raciocínio, a força nem sempre vence. É neste ponto que subimos na cadeia alimentar e nos tornamos o principal predador da terra.
O raciocínio lógico, além de nos garantir uma posição privilegiada na cadeia alimentar, também nos permite uma série de outros proventos para que tivéssemos uma vida plena e perfeita: medicina avançada, conforto, transporte, etc. e por que não a temos? Essa é uma pergunta que deveria ser feita mais freqüentemente por nós, macacos humanos.
A resposta é mais simples de ser encontrada do que parece. tem a ver com o tempo.
Não que nos falte tempo para pensar mais, não mesmo. a questão é que a grande maioria da humanidade vive fora do seu tempo. Sim, fora do tempo como se homens das cavernas habitassem prédios e casas urbanizadas e assistissem televisão à cabo, pois aqueles também viviam sem raciocínio lógico e sem capacidade mental plena, com alguns momentos de felicidade relativa.
Volto agora ao mestre indiano citado no começo. ele nos disse: "existem quatro funções básicas para um animal executa: alimentação, reprodução, descanso e auto-proteção, e uma vida vivida só por viver é como se o ser humano fosse rebaixado à categoria de animal".
Quantos de nós sabemos das verdades ditas nos jornais, pelos ambientalistas, pelos cientistas, na rádio, na internet e nada fazemos a respeito? Quantos de nós ouviu a notícia mais que comentada - e agora oficializada pela onu - de que a criação de animais para o abate é um dos fatores que mais promove a devastação do meio ambiente? Com certeza muitos ouviram. E quem de nós se dignou a reduzir o impacto na natureza, abdicando do precioso churrasquinho e outras excentricidades alimentares?
Vemos o machado caindo e sequer recolhemos a cabeça para não sermos atingidos.
Sabemos que estamos destruindo todo o lugar em que habitamos e sequer fazemos algo a respeito. atendemos apenas às funções básicas e vivemos por viver, sem ter coragem de mudar um simples hábito.
Mas não há com o que se ofender neste texto. não somos simples animais. a última função básica de um animal, que é auto-proteção, ele executa bem, ou seja, ao ver o perigo se aproximar ele faz algo a respeito - até mesmo na fileira do abate ele luta até o fim.
Não, nós não podemos ser comparados a simples animais, pois não somos dotados da quarta função (ou simplesmente a ignoramos). vemos o perigo maior, que é a devastação do lugar que habitamos, e não fazemos nada a respeito. e assim vamos vivendo, iludidos de que talvez exista um botão para que a vida seja desligada quando tudo se transformar num grande deserto e não houver mais água. sem sensibilidade à dor.
Exatamente como uma máquina se comportaria.
.
Um mestre indiano em uma aula de meditação falou uma coisa que todos deveriam saber, e quem já sabe deveria ao menos pensar mais sobre isto.
O ser humano se diferenciou dos outros animais com o passar do tempo, por causa de uma coisa chamada evolução, e isto está diretamente relacionado com as quatro funções.
Para sobreviver, um animal necessita atender a quatro funções: alimentação, reprodução, descanso e auto-proteção. Desta forma ele garante uma vida vivida em razão das sensações orgânicas e também sua existência neste mundo.
A quarta função (auto-proteção) não está mais ligada a força física, visto que em um confronto com outro animal que tenha raciocínio, a força nem sempre vence. É neste ponto que subimos na cadeia alimentar e nos tornamos o principal predador da terra.
O raciocínio lógico, além de nos garantir uma posição privilegiada na cadeia alimentar, também nos permite uma série de outros proventos para que tivéssemos uma vida plena e perfeita: medicina avançada, conforto, transporte, etc. e por que não a temos? Essa é uma pergunta que deveria ser feita mais freqüentemente por nós, macacos humanos.
A resposta é mais simples de ser encontrada do que parece. tem a ver com o tempo.
Não que nos falte tempo para pensar mais, não mesmo. a questão é que a grande maioria da humanidade vive fora do seu tempo. Sim, fora do tempo como se homens das cavernas habitassem prédios e casas urbanizadas e assistissem televisão à cabo, pois aqueles também viviam sem raciocínio lógico e sem capacidade mental plena, com alguns momentos de felicidade relativa.
Volto agora ao mestre indiano citado no começo. ele nos disse: "existem quatro funções básicas para um animal executa: alimentação, reprodução, descanso e auto-proteção, e uma vida vivida só por viver é como se o ser humano fosse rebaixado à categoria de animal".
Quantos de nós sabemos das verdades ditas nos jornais, pelos ambientalistas, pelos cientistas, na rádio, na internet e nada fazemos a respeito? Quantos de nós ouviu a notícia mais que comentada - e agora oficializada pela onu - de que a criação de animais para o abate é um dos fatores que mais promove a devastação do meio ambiente? Com certeza muitos ouviram. E quem de nós se dignou a reduzir o impacto na natureza, abdicando do precioso churrasquinho e outras excentricidades alimentares?
Vemos o machado caindo e sequer recolhemos a cabeça para não sermos atingidos.
Sabemos que estamos destruindo todo o lugar em que habitamos e sequer fazemos algo a respeito. atendemos apenas às funções básicas e vivemos por viver, sem ter coragem de mudar um simples hábito.
Mas não há com o que se ofender neste texto. não somos simples animais. a última função básica de um animal, que é auto-proteção, ele executa bem, ou seja, ao ver o perigo se aproximar ele faz algo a respeito - até mesmo na fileira do abate ele luta até o fim.
Não, nós não podemos ser comparados a simples animais, pois não somos dotados da quarta função (ou simplesmente a ignoramos). vemos o perigo maior, que é a devastação do lugar que habitamos, e não fazemos nada a respeito. e assim vamos vivendo, iludidos de que talvez exista um botão para que a vida seja desligada quando tudo se transformar num grande deserto e não houver mais água. sem sensibilidade à dor.
Exatamente como uma máquina se comportaria.
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