domingo, 23 de novembro de 2008
O Nevoeiro
Stephen King voltou a fazer bons filmes. Também, fazia tempo que estava nos devendo...
Ele que prima pelo suspense/terror, desta vez resolveu descer profundamente na alma humana em "O Nevoeiro", provocando a seguinte pergunta: até que ponto somos humanos descendo no mais fundo de nosso ser?
Me refiro ao estado de desespero ou medo de uma pessoa, causado neste filme por uma situação crítica (mesmo que sem muita explicação). O fato de uma determinada área ou região ter sido invadida por um nevoeiro sabe-se lá de onde, com insetos gigantes e carnívoros (também não se sabe de onde vindos) não é tão importante, pois o ponto central é o medo que esta situação gerou em um determinado grupo de pessoas trancadas dentro de um supermercado.
Ele analisa cada um dos comportamentos, coloca à mostra a capacidade escondida de cada um, a coragem que existe ou mesmo a falta dela, a ponto de um dos líderes do grupo preferir enfrentar os monstros na rua do que continuar dentro do supermercado, e conclui: "só precisamos da polícia e do governo porque não sabemos ser civilizados".
Não deixa de ser uma parte da verdade...
O desfecho do filme é incrível, como a muito não se via, e mostra os heróis - definidos por algumas virtudes como honra, coragem, sensatez e sensibilidade - aos quais nos ligamos, sendo derrotados pelos nossos dois inimigos mais fortes: A falta de esperança e o medo.
Bom para pensar na importância de mantermos sempre nossa esperança e coragem afiadas...
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