Páginas

quarta-feira, 21 de março de 2012

Unhas Vermelhas



        Aquela mulher me arrebatou de tal maneira que as marcas ficaram por todo meu corpo. Caminhava com seus pés macios e unhas pintadas de vermelho sobre minhas costas, me retorcendo a coluna e os músculos... meu corpo nú, de bruços à mercê daquela mulher me deixavam inseguro. 
        Foi quando virei a cabeça sobre o ombro direito e vi seus seios apontando, firmes - ela também estava completamente nua; Olhava para baixo enquanto caminhava pisando firme como se quisesse entrar pela cavidade de minhas vértebras; Seu cabelo caindo sobre o rosto não escondiam o sorriso de extrema satisfação daquele momento: o total domínio e o fato de me ver contorcendo sob seus dedos...
        Meu prazer estava dividido entre sentir a maciez da planta de seus pés e poder olhar de cima a baixo, pernas, pelos pubianos e seios que apontavam para mim... gozava visualmente sem poder puxar aqueles cabelos que pendiam do rosto, distantes de minhas mãos.
        Tentei me virar e agarrá-la com as duas mãos, mas ela pisou fortemente sobre minha omoplata esquerda e me manteve deitado, estático; Torceu meus dois braços e se ajoelhou sobre minhas mãos, me deixando completamente imóvel.
        Suas unhas bem feitas tinham um propósito sinistro: escrever sua história em minhas costas... Propósito ao qual me entreguei sem demora.
         Tinha agora minha pele sob suas unhas, incrivelmente bem feitas! Vermelhas também. Depois de me marcar o quanto quis, aproximou seus lábios carnudos sobre as feridas que havia provocado e pôs-se a lamber como cadela, vampira ou sei lá quê mais uma mulher daquelas me lembrava no momento. Suas lambidas ardiam mais do que curavam os ferimentos abertos; Um vermelho vivo, como se houvesse me açoitado... ela me cobria as costas de cima abaixo com a língua e eventualmente mordia.
        Já havia soltado os meus braços, mas não percebi pois havia entrado em êxtase naquele momento.
        sentia-a agora acariciando minhas nádegas com a ponta das unhas, mas não mais arranhava... E eu completamente entregue, imóvel, não mais precisava enxergá-la. Sentia sua respiração sobre mim, como uma presença forte e viva: o seu cheiro estava impregnado no ar...
Era o que me bastava.

Postagens populares