quinta-feira, 31 de maio de 2012
quarta-feira, 30 de maio de 2012
segunda-feira, 28 de maio de 2012
O olho d'água
O olho dágua
expôs os vasos capilares da
terra.
Viu
nos cabelos verdes da cabeça
do morro,
viverem fauna e flora.
Presenciou,
quando lhe rasparam a verde
juba;
sobre a cabeça fresca e
colorida,
cresceram jazigos de
concreto
(abrigo para as espécies de
agora).
Viu
o asfalto lhe cortar as
últimas idéias
e sobre o olho que,
rompendo o concreto
insistia em ver as mudanças,
posso dizer que chorou a
última vez
(beijo de despedida no rio),
Na encomenda de sua morte
química.
Não viu
Que sobre seu túmulo sem
lápide
constam apenas listras,
como um enorme código de barras.
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